Uma ida ao Shopping
Fui ontem dar uma volta a um shopping muito conhecido desta nossa linda capital. Precisava de ir comprar uma lâmpada para o farol do meu carro e lá fui eu acompanhado pela Maria. Estou agora a escrever isto não porque fosse uma constatação nova que me relampejou a massa encefálica, mas sim, porque é o que acontece a todos nós (homens ou raríssimas mulheres que não gostam de ir às compras, mais ou menos 0,0000001% da população feminina portuguesa). Ir ao shopping é para mim um sofrimento, mal lá entro as minhas fontes começam a latejar e começo a suar das mãos denunciando as minhas crises de ansiedade disfarçadas pela minha aparente apatia. Confesso que vou lá umas quantas vezes, mas tento que sejam rápidas e qual operação militar top secret, estabeleço os objectivos e delineio o plano de acção. Entro – Estaciono – Como – Compro as velas – Pago o parque – Saio. Simples e eficaz, nem meia hora preciso de lá estar, graças aos encantos da comida que me vai causar o meu primeiro enfarte lá para os 40 anos, servidinha em 2 minutos e engolida noutros tantos.
Mas como vou acompanhado, não posso ser egoísta, lá vou eu entrar em lojas de roupa esmiuçadas até ao pormenor. Mango, Zara, Pull & Bear, H&M, Stradivarius, Benneton etc e etc. Lá encontro várias pessoas como eu, os “acompanhantes”. Entrem numa loja de roupa feminina e reparem bem nos rapazes que acompanham as raparigas e enquanto elas olham para todas as prateleiras e expositores reparem bem nos comportamentos deles. Confesso que faço exactamente o mesmo, porque não há grande hipótese. E ali estão os rapazes a seguir cada passo da mulher/namorada/amiga, de repente lá olham para a jeitosa que passa no corredor ao lado tentando ser subtil, mas sem sucesso (o que lhes vale é que as acompanhantes estão a fazer algo que vale bem mais que o amor incondicional do Brad Pitt e que se chama COMPRAS) e continuam sempre atrás delas sem se separar 1 metro que seja e a ter q responder à incomoda pergunta da moçoila que segura um bocado de trapo colorido “Gostas? Achas que me fica bem?” Sorriem e dizem que sim, sem fazer a mais pequena ideia se vai ficar bem ou mal, porque afinal aquilo é só um bocado de pano pendurado pelos braços bem esticados dela quase enfiados na nossa cara. Serei eu insensível por não gostar de andar às compras, ou de não saber se uma peça de roupa num cabide lhe vai ficar bem no rabo, ou de vir fumar um cigarrinho para o corredor enquanto ela vai para um provador? Na volta até devo ser… Não gosto de shoppings, feiras e outros locais de comércio com grande afluência, desculpem lá qualquer coisinha mas não gosto.
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