Ode aos MELGAS!!
Bolas como há gente chata! Eu por vezes fico espantado como as pessoas conseguem passar os limites de melguice, o que é particularmente irritante quando estamos a fazer qualquer coisa, que pode até nem ser importante, mas não interessa, estamos ocupados e isso é logo um indicativo de que não queremos que gente relativamente estranha nos venha falar da sua vidinha, que como é obvio, não estou particularmente interessado. Este é um karma que me assola diariamente. Penso que sou daquelas pessoas que têm aquela cara de “este tipo é porreiro, deixa lá despejar a história da minha vida”, com pitadas das vidas das vizinhas, avós, primas, afilhadas, gatos, cunhadas, genros, do filho gay da Henriqueta e do estafermo do peixinho vermelho que está no aquário lá em casa.
Eu conforme os dias, se estou ou não, bem disposto, das duas, uma, ou fico com aquele sorriso amarelo a dizer “…pois… hum hum… sim sim…pois” enquanto penso noutras coisas, estilo, o que tenho que ir fazer quando for para casa (é que nunca se deve contrariar essas pessoas, senão não te livras de um discurso inflamado de horas e com os mais sórdidos detalhes para que concordemos com elas) ou então, quando não tenho mesmo nenhuma paciência, simplesmente não olho para as pessoas e continuo a fazer o que estou a fazer, deixando-as embarcar num longo monologo que acabará por parar devido ao completo desprezo e indiferença que aqueles sons que saem da matraca me causam.
Será que tenho assim um ar tão amistoso, tão amigo do próximo?!?! Não compreendo! Estava eu no outro dia a estudar na véspera de um exame, nas minhas horinhas sem nada para fazer no trabalho e vem a mulher da limpeza falar-me da família e mostrar-me as fotografias, tentei mostrar que não estava muito interessado com os meus lacónicos e desinteressados “…pois…” cada vez que ela fazia uma pausa no seu discurso, mas não deu resultado. Até que lhe olhei com a melhor cara de “sai-daqui-que-me-estás-a-incomodar-e-não-vez-que-estou-a-estudar”, assim daquelas em que se nota a raiva a saltar pelos poros da cara, só faltava mesmo começar a fazer faíscas e mesmo assim continuou com a ladainha, só pouco depois é que vem um “ai o Sr. está a estudar e eu agora aqui a incomoda-lo” (só um parêntesis para dizer que a dita senhora me interrompeu neste preciso momento em que estou a escrever este blog para falar de doces e de bolo de chocolate. Vai-se lá saber porquê) é obvio que na minha cabeça penso sempre “Não vê que estou ocupado porque é que não se cala”, mas calo-me e nem lhe vou dar a satisfação, e quem sabe, o incentivo para mais paleio do politicamente correcto “Não faz mal” ou “Não é incomodo nenhum” remeto-me ao silêncio e assim pode ser que reforce o facto de que me está mesmo a incomodar. MORTE AOS MELGAS!! Pronto… reconheço, morte é muito duro… cortem-lhes a língua!
2 Comments:
Já te contei a história da minha vizinha ninfomaníaca do 2º Dto???
2:04 da tarde
A ele não sei mas a mim podias contar... É boa?!?!
7:17 da tarde
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