calanzices

Por vezes sou calão, há dias que não apetece fazer absolutamente nada e há coisas que não faço simplesmente porque acho que não há motivos para o fazer. Mas há coisas que me irritam e uma das coisas, é pessoas receberem um ordenado, por não fazer rigorosamente nada, ou por não fazerem quase nada e quando fazem reclamam e queixam-se que estão cansadas. Nunca hei-de ser um “workaholic”, prezo o ócio e os tempos livres, mas quando é para trabalhar é para trabalhar. Ver malta a jogar madjong ou à paciência nos pcs, ir para a net trocar mails porcos e ver sites de receitas e horóscopos, ou passarem o dia ao telefone a tratarem da sua vidinha e a tagarelar da vizinha que tinha o marido coxo, que o filho emigrou para a França e morreu a caminho, numa auto estrada espanhola. Há também lugar para a revistinha, de preferência, a “Maria” para as senhoras e o jornal “record” ou “a bola” para os senhores. Temos a pausa do pequeno almoço logo a picar a entrada depois o intervalo para o café a meio da manha, o almoço em que se atrasam sempre uns 10, 15 minutinhos, depois a saída “para tratar de umas coisas” e 5 minutos de hipnotização a olhar para o relógio de ponto à espera das 5h para pôr o cartão. Quando há muito trabalho (que não é muito é apenas aquele q não fizeram o dia todo) dizem que não fazem horas extra porque não pagam e vão embora. Os sortudos que recebem essas horinhas maravilha é ao contrário, não fazem puto o dia todo e depois às 4h30, lembram-se de trabalhar e ficam até às 7h ou 8h, é que dá sempre jeito receber 2 ordenados para o mesmo trabalho. Mas cá vamos nós, devagarinho, a andar, agora não sei se é para a frente ou para trás. A todos os “coça-tomates” por este nosso Portugal, ide-vos de recto para longe e deixem quem quer mudar as coisas fazerem alguma coisa por isto. É que quem não faz, atrapalha quem tenta fazer.