Aqui está o meu cantinho dos desarranjos mentais. Lufadas de merda que me passam pela cabeça! Umas mais sérias que outras mas isso não interessa nada! São apenas mais uns textos na net. Enjoy!

quinta-feira, maio 18, 2006

Telemóveis!

Telemóveis, bué telemóveis, pelo menos um por pessoa! Hoje em dia confesso que não consigo viver sem o “brinquedo”, mas quando vejo um miúdo de 13 anos com um, faz-me lembrar na altura em que ninguém tinha. Não era por isso que deixávamos de combinar coisas, como cinemas, cafés, idas à praia, ou o quer que fosse. Agora é fácil, manda-se um sms e pronto. Na altura também n era difícil, no dia anterior havia uma negociação do que se ia fazer no dia seguinte e ficava tudo combinado na altura, e isto funcionava com amigos, colegas e namoradas. E até tinha muito mais piada quando se conseguia engatar a menina e ela nos dava o numerozito de casa, além do nervosismo de ir telefonar para a mocita, havia sempre o stress de ser o pai desconfiado a atender e fazer perguntas para tentar perceber se o rapazolas é bandalho que lhe está a tentar roubar a filhinha ou é só um colega de escola a ligar por causa de um trabalho de grupo. Era a desculpa perfeita,
- Estou
- Está sim boa noite. É da casa da Maria (com a voz meio a tremer e a falar baixinho)
- É sim, e quem é que quer falar com ela? (diz o pai c ar arrogante)
- É um colega da escola para falar do trabalho de grupo.
Por norma isto chegava, mas às vezes eles queriam mesmo saber mais.
- E como é que te chamas
- Paulo (era claro que podia dar barraca e ela n ver que a cena do trabalho de grupo era tanga e n perceber quem era, então passava-se para a fase de ser chato), diga que no sábado na festa da Ana (que era onde o engate tinha sido feito e ela assim já sabia quem era) combinei com ela o trabalho de grupo mas n vou poder ir nesse dia porque a minha mãe pediu-me para ir com a minha avó ao hospi…
- (o pai interrompe) sim, sim, está bem já a vou chamar.
E como nós homens somos muito sintéticos (q é uma característica q nos acompanha desde o nascimento até à morte) sabemos logo que o que o cota vai dizer, é algo tipo, “Maria, está ali um Paulo ao telefone por causa de qualquer coisa, dum trabalho e duma festa da Ana” e pronto estava feito!
Agora nem tem piada, recebe-se o numero de telemóvel e manda-se logo umas sms e quando se recebe as respostas é claro que se tem logo os amigalhaços ao lado a quem se pergunta logo “o que achas que diga agora?”, ou seja, alem de ser algo mais impessoal, o engate é um engate colectivo, tipo equipa de apoio ao engate. É claro que depois temos que combinar umas saídas com ela e as amigas como forma de pagamento ao serviço prestado e de companheirismo para com os nossos amigos.
Agora que todos têm telemóvel, toda a gente pode aparentemente controlar toda a gente. Mas isto é só uma ilusão. Quem utiliza o telemóvel normalmente já tem os truques todos para contornar chamadas inoportunas com, “agora n posso, telefono-lhe já” ou dizendo que estão noutro sitio qualquer, ou o “telefona-me daqui a 10 minutos” e desligar o telefone e depois a culpa é sempre da bateria. Há sempre outras menos credíveis como “deixei o telemóvel no silêncio, nem me lembrei de pôr som e n o ouvi”, outras como, “tava a tomar banho” ou que o telemóvel ta noutra divisão e a televisão estava alta. Todos nós já levamos com essas desculpas pelo menos umas 4 ou 5 vezes por semana, por isso já nem ficamos ofendidos com o facto da outra pessoa n querer falar connosco. Sabemos que é peta, mas como fazemos o mesmo não podemos dizer nada, mais vale nos enganarmos a nós próprios e acreditar na tanga que nos mandaram.
Eu n sei se vos acontece ou se é só a mim, mas quando preciso mesmo do telemóvel, não para saber qualquer fofóquisse, mas quando o carro empana ou se passa algo mesmo importante e com uma certa urgência, nunca, mas mesmo nunca tenho dinheiro no telemóvel, ou isso, ou está sem bateria, é uma frustração dos diabos, tipo, estares empanado no meio da serra de Sintra às 3 da manha, ter um telefone na mão e não poderes chamar ninguém para o teu auxilio. O telemóvel pode sempre servir de passatempo com os joguinhos ou simplesmente a chatear os amigos com umas sms parvas. Acho que as pessoas hoje em dia se passavam dos carretos se ficassem sem o seu telemóvel. Tinha piada que as operadoras não funcionassem durante uma semana, era o caos! Andava tudo aos papeis a pensar como é que faziam para falar com o “não-sei-quantos” por causa daquela coisa qualquer. Vamos lá apoiar a proliferação dos teleles. Porque não implantar já nas criancinhas, telemóveis internos, assim até era mais prático, que há praí cada tijolo e não dá jeito nenhum andar com aquilo, especialmente os homens que n andam c malas. Só era chato ter de ficar com um cabo ligado da cabeça à ficha eléctrica 2 horas para o carregar, mas até se aproveitava esse tempo para ver um filmezito em família, todos ligados à corrente.

1 Comments:

Blogger Gonçalo Mouta said...

Epa adorei o termo Equipa de Apoio ao Engate ou EAE... Parece um destacamento ou divisão especial... OK PEOPLE... WE GOT INCOMING... THERE IT IS!?! SHE ASKS FOR COFFE WHAT DO I DO!!!! PRONTO... KOWALSKI WRITE THE ANSWER NOW...

12:27 da tarde

 

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