Gaja Boa
Ontem naquelas conversas sobre tudo e sobre nada, houve um tema que veio à baila nem sei muito bem porquê: o que era uma “gaja boa”! Uma conversa deveras educativa que tive com uma boa amiga (será boa amiga ou amiga boa?!?! se a conhecerem depois poderão dizer o que acham) poderá parecer estranho falar disto com uma rapariga, mas de qualquer modo achei que lhe poderia dar a conhecer um pouco do mundo masculino e da sua maneira de pensar. É obvio que há um conceito de beleza feminina mais ou menos estereotipado, não digo que não, mas não é certamente esse conceito que torna uma mulher “boa”. O estereótipo de gaja boa serve apenas como linha mais ou menos orientadora onde muita mulher se encaixa, mas a maior parte desse grupo de mulheres não são mulheres “boas”. São miúdas giras no máximo. Muitas dessas raparigas são comparáveis à feira popular, até éramos capazes de lá ir divertirmo-nos de vez em quando, mas mais que isso não. Muitas dessas mulheres são aquelas que aparecem em capas de revistas masculinas ou até mesmo femininas (sim que apesar do conteúdo não prestar para nada, qualquer homem consegue desfolhar uma revista feminina para ver bons espécimes dessas mulheres de beleza estereotipada, já as mulheres não se safam nas revistas masculinas… coitadinhas, temos pena!) Depois desta exclusão o que é que resta para classificarmos como mulher boa? Pois bem, a mulher “boa” não tem estereotipo e é para cada homem um conceito diferente (às vezes não muito, o sacana do monkey sempre que vamos a algum lado e estamos na classificação do gaijedo que nos rodeia, tipo dança comigo com as plaquinhas de 0 a 10, acabamos por eleger quase sempre a mesma como mais gira) Eis em termos muito práticos a diferença entre gira e boa. Gira é aquela que passa e um homem olha durante dois segundos (ou um bocadinho mais se tiver a tentar ver um determinado ângulo ou algum pormenor que lhe escapa à primeira) se for homem das obras berra qualquer coisa do género “bonitas pernas a que horas é que abrem?”, outro qualquer comenta com o amigo as 52773 maneiras como lhe dava uma voltinha, ainda há os “acompanhados” que não têm outro remédio que olhar e calar. Boa é aquela mulher que entra por uma porta, nós olhamos e ficamos a olhar até ela sair do campo de visão meios boquiabertos sem pestanejar uma só vez, guardamos um bocadinho em silêncio o nosso achado e depois partilhamos com os nossos amigos (depois de ela já não se encontrar nas proximidades que não queremos que o bando de rebarbados olhe para ela) e já não é a dizer o que lhe fazíamos, mas são utilizados frequentemente adjectivos como “linda” ou “espectacular”, aí sim trata-se de uma mulher “boa” em toda a magnitude da expressão. Estas mulheres não precisam de ser dignas da capa da FHM, têm simplesmente qualquer coisa que nos liga um interruptor qualquer cá dentro e nos deixa meio embasbacados, seja o que for, normalmente nem sabemos explicar bem o quê (não levem a coisa do interruptor para a badalhoquice sff.). As giras, é fácil saber porque olhamos, basta um decote, um corpinho danone ou uma carinha laróca, é o suficiente. São exactamente essas mulheres “boas” que nós não conseguimos engatar à toa, porque vai saltar um bando de sons balbuciantes das nossas bocas e aquelas saídas tristes. As giras sim, sem medos faz-se uma palhaçada qualquer e seja o que deus quiser, se n der aquela, há sempre mais umas giras ali ao pé do bar. Estas “boas” tem que se arranjar formas subtis de as conhecer, através de uma amiga por exemplo, e conseguir ganhar algum à vontade para falar com elas, algum tempo depois pergunta-se, como não se quer a coisa, se quer ir beber um café desinteressado e inocente e depois disso está nas mãos do Cupido e dos exigentes parâmetros de escolha da moçoila.
Já sei que as meninas que poderão estar a ler este blog (não devem ser muitas, que também ninguém vem ler isto) devem estar a pensar “que rebarbados, sempre a olhar para as miúdas na rua”, e quanto a este tipo de observações tenho a dizer que a culpa não é nossa, é qualquer coisa que vem nos genes. Tal como há coisas que vêm nos genes das mulheres, como por exemplo, o facto de serem umas cabras umas para as outras, é típico e não conseguem evitar, é uma questão de formatação. E confessem, até vos sobe o ego. Claro que já ouvi mulheres a dizer, “ontem estava um velho nojento a olhar para mim”, e é normal, um velho não deixa de ser um homem, mas se fosse um tipo novo, do género Brad Pitt look a like, iam logo contar às amigas todas excitadas do gajo giro que olhou para vocês. Ahhh e já me esquecia, vocês fazem o mesmo, nós só não temos o dom de sermos discretos. Tenho dito. Dixi et animus levavi (1 mês de peça é o que dá, não consegui evitar pôr este fim em latim e confesso que não faço puto de ideia do que quer dizer, se alguém quiser traduzir, sinta-se inteiramente à vontade de o fazer)
2 Comments:
Realmente só tu!!!! juro que pensei estes homens são bem piores do que eu pensava!!
MAs sim ao menos tens a dessencia de explicar os tues pontos de vista para não haver duvidas! parece me bem!!
e as mulheres não fazem isso como os homens... é uma coisa intuitiva que assim k ha alguem interessante... saltão logo as antenas;)
Ah! acho k devias continuar a dissertar sobre mulheres boas ou boas mulheres.. giras ou não giras... pseudo giras... gostos não se discutem... etc...
LOL
Mafalda
8:06 da tarde
...E é "gaja boa", ou "gaija bôoua"? Brinco...
1:05 da manhã
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