Aqui está o meu cantinho dos desarranjos mentais. Lufadas de merda que me passam pela cabeça! Umas mais sérias que outras mas isso não interessa nada! São apenas mais uns textos na net. Enjoy!

sexta-feira, julho 20, 2007

Licenciado

Já está! O canudo já cá canta e agora o que vai mudar? Será que agora tenho que me comportar de maneira diferente? Há algumas normas de conduta que tenho de saber? Qualquer coisa é interdito a licenciados, do estilo, tirar macacos do nariz com o dedo, agora só com lenço com as iniciais bordadas. Que agora só posso usar calções de banho padrão de xadrez com cores que não conjugam e que não posso pronunciar palavras como “bué”, “pá”, “tá”, “fixe” e outras que tais, contando com as belas das asneiras e substitui-las por expressões como “apre”, “bolas” e “que desagradável”. Onde estão os sagrados escritos com os mandamentos dos jovens licenciados que nos guiarão pelo caminho das trevas, das filas nos centros de emprego e entre lambe-botas e idiotas nos mais variados locais de emprego? Agora só posso fazer piadas jurídicas do estilo:
- O que diz um senhorio irritado com os inquilinos ao seu advogado?
- “Despeja-mos?”… ai não, esta não dá! Tem cariz sexual e badalhoco se pensarmos que o tipo está a pedir ao advo… foda-se…ai, foda-se também não posso dizer, que merda pá… ok, isto não está a correr nada bem. Não devo ser um bom licenciado, ainda tenho umas coisas para aprender.

quinta-feira, julho 19, 2007

Há dias que têm de ser recordados

Há dias que têm de ser recordados, dia 18 de Julho de 2007 será um deles. São imensos os sentimentos que inundam o meu espírito, não os consigo descrever um a um, é uma mistura difusa que faz com que não saiba exactamente o que é. Sinto-me a pairar no ar, mas ao mesmo tempo há um grande vazio com muitas interrogações e umas poucas certezas. Após um desafio cumprido, luto ainda por outros que tenho em mãos. Quanto a esses não sei se sairei vencedor, mas vou concentrar-me neles enquanto procuro o meu próximo grande desafio profissional. Preciso de ganhar serenidade, perder o estado de graça e pôr alguns pontos nos “is” para poder descer à terra e centrar-me.
Neste dia houve algo que me faltou fazer, só uma pequena coisa que a falta de coragem e cansaço de um dia tão tenso não me permitiram. Não vai ser fácil, não vou gostar mas tem de ser, não há nada como ser verdadeiro e sou-o, mas quero sê-lo declaradamente e mostrar de que calibre sou feito. Não me escondo e se for preciso ir para uma guerra que sei à partida estar condenada à derrota, vou lá para mostrar que defendo o que quero e o que acredito. Não sei se isto faz de mim mais verdadeiro, mais honroso ou simplesmente mais estúpido. Mas dos meus actos que sejam os outros os juízes, que eu também estarei cá depois para julgar os deles.

O Guerreiro

O fim está próximo, o ambiente tenso sente-se no ar, é tão forte que se consegue tocar. As últimas semanas foram duras para o destemido guerreiro, preparando-se e treinando exaustivamente para nada falhar. Preparado, com o ar inexpressivo, onde apenas o olhar denuncia o tumulto de emoções que o invadem no seu mais íntimo interior. Olhando o horizonte transmite calma e a confiança de quem já ganhou a batalha, a batalha das batalhas, que pode pôr um fim a tudo isto. É uma questão de tempo, o sol vai nascer e tudo vai começar, dos últimos preparativos à entrada no campo de batalha tudo está estudado, tudo é feito com a calma e solenidade que estes momentos obrigam, tudo se passa como se estivesse num filme em câmara lenta. Esta guerra é só dele, só ele sabe saborear realmente tudo isto, só ele está a viver todo aquele momento e a vitória, se chegar, também será só dele.
Depois da celebração de vitória, outras batalhas virão. Como guerreiro que é, ele apenas sabe lutar e é isso que vai fazer até ao dia em que a morte o vencer na batalha da vida. Agarrado ao seu fiel montante com toda a força pela vontade bruta de vencer, ele parte para uma nova guerra cada vez mais forte, cada vez mais sábio.
Esta é a vida que escolheu e não quer outra, sempre em busca de se encontrar um dia e perceber para que desígnio foi ele escolhido, pode ser que se encontre e perceba a finalidade da sua existência no meio de tanta luta, de tanto cansaço, de tanto suor e tanto sangue.
No dia do ultimo suspiro as portas de valhalla se abrirão e a glória de uma vida plena de vitórias o honrarão por tudo o que foi, ou então, será apenas mais um despojo de guerra, mais uma carne fria e morta sem ninguém que o lembre, que o honre, que o ame. Apenas carne putrefacta e nada mais que isso.

Quando é que somos felizes...

Quando será que seremos felizes? O que é que será que podemos qualificar como felicidade? Será que esta palavra é tão real como uma miragem? É uma comparação tão triste, saber que a vemos lá ao longe, que vamos caminhando todos os dias com uma força inquebrantável e nunca acabamos por lá chegar, até à inevitável constatação que tudo não passa de uma mera ilusão de óptica. Não quero acreditar nisto, não pode ser possível. Não fomos dotados da extraordinária capacidade de racionalizar objectivos, de sentir afectos e de sonhar para depois de tudo isto, esta jornada apenas se concretizar numa extenuante caminhada que não nos leva a lado nenhum. Cada vez sinto que esta felicidade nos é dada em pequenas porções, pequenos momentos dispersos pela vida, tão dispersos que nem nos apercebemos dela. Em vez do apoteótico final, como num concerto de orquestra, temos é que apreciar cada nota, cada pequeno solo desta longa música, em vez de esperar um “grand finale” que pode nem vir a acontecer. Nem só o coração é nosso aliado nessa busca, como também não é só a nossa cabeça, a conjugação dos dois é importante, sentimentos com alguma visão. Nunca foi bom andar às escuras à procura de algo que temos o pressentimento que está lá. Mas muitas vezes não está e somos apenas enganados, traídos pelo cego coração afoito de sentir qualquer coisa para se sentir vivo. De outras vezes o questionador cérebro não nos deixa sentir e faz de nós autómatos, máquinas que realizam as tarefas diárias e cumprem as responsabilidades conferidas no nosso quotidiano, numa aritmética perfeita de pensamento lógico que nos permite ultrapassar todos esses obstáculos do dia a dia. Bloqueiam os nossos sentidos e ficamos como burros de palas nos olhos, fitando apenas o que está à nossa frente, não nos deixando aperceber de tudo de bom que nos rodeia e que nos pode dar aqueles momentos de felicidade tão preciosos e escassos.
E quando encontramos este equilíbrio do nosso ser pensante e do nosso ser sentimental, poderemos então, na minha humilde opinião, descobrir muitos mais momentos de felicidade de que esperaríamos. A isto meus amigos, chama-se viver. É viver em toda a plenitude com tudo o que temos.

segunda-feira, julho 02, 2007

Arte e mestria de sair com uma mulher especial.

Se já estão a ler estas letrinhas, foi porque o titulo vos cativou e pensaram que seria aqui que iriam desvendar os mistérios mais intrínsecos da arte de deslumbrar “aquela mulher” num encontro, seja esse encontro o que for, um café, um passeio, um jantar, uma saída à noite. Pois então se era isso que esperavam, peço já as minhas maiores desculpas. Não poderiam estar a ler o texto da pessoa mais errada e se quem estiver a ler este blog me puder iluminar um bocadinho neste assunto em particular até ficava muito agradecido.
Houve quem me dissesse e com toda a razão que se conseguir fazer com que a moça deixe de pensar no quer que seja e esqueça todas as ideias preconcebidas de que os homens são todos uns sacanas, então que estou no caminho certo. Mas que porcaria de conselho, isso também eu sei, porque é o mesmo comigo, mas e como se faz isso? Aí é que está o busílis da questão, é aí que reside o santo Graal do enamoramento (que já me disseram que a palavra engate não é o mesmo e só se aplica a situações estilo one night stands) É exactamente isso que eu não consigo dominar. Há um adjectivo que me define bem quando estou com alguém que me interessa; “enconado”. Não sei o que fazer, forço conversas e piadólas e maior parte das vezes faço figura de um autêntico urso (o que vale é que já fui um em cima de palco e não estranho muito lol). Sabem quando se tenta ser natural... à força… pois… não corre nada bem, acreditem. Não sei interpretar sinais nenhuns da outra pessoa, nem para bem, nem para mal e das duas uma, ou sou uma melga e não descolo, ou sou gay porque não avanço. Lá vou eu sempre ficando a meio caminho de qualquer coisa, sem saber muito bem o que fazer. Que hei-de eu de fazer? Tirar um curso de D. Juan? Até tirava, mas onde é que isso existe? Ás vezes até fico a rezar que a outra pessoa perceba a minha falta de atitude e seja despachada e arrume logo com aquilo e seja ela a tomar as rédeas da situação. Mas nestas coisas é muito ingrato ser homem, porque isso é função nossa. E depois isto é como no reino animal os mais fortes, acasalam e transmitem os seus genes e os mais fracos ficam-se (eu sei que não foi o melhor exemplo, com o acasalar e tal, mas foi o que eu encontrei) Esta inaptidão natural deixa-me a perder, porque não desfazendo, até sou bom rapazinho e não sou assim tão escabroso, até já me disseram que eu era giro… uma vez… e foi a minha mãe… mas também conta… também é mulher, porra!
Qualquer dia vou àqueles encontros de solteiros onde todos se sentam naquelas mesinhas ridículas em que, de 4 em 4 minutos toca um sino e a malta vai para outra mesa. Só gente muito má é que se consegue envergonhar em apenas 4 minutos, eu aguento uns 30, pelo menos. Viva o solteirismo!! lol
Sabem o que irrita? É que quando estamos com alguém pensamos (não dizemos e até pensamos quando estamos sozinhos, não vá o diabo tece-las e haver para ali uma transmissão de pensamentos esquisita) que estar solteiro é que é fixe. Quando ficamos solteiros, lá andamos nós a precisar de alguém especial. Nós humanos somos mesmo animais esquisitos…