Arte e mestria de sair com uma mulher especial.
Se já estão a ler estas letrinhas, foi porque o titulo vos cativou e pensaram que seria aqui que iriam desvendar os mistérios mais intrínsecos da arte de deslumbrar “aquela mulher” num encontro, seja esse encontro o que for, um café, um passeio, um jantar, uma saída à noite. Pois então se era isso que esperavam, peço já as minhas maiores desculpas. Não poderiam estar a ler o texto da pessoa mais errada e se quem estiver a ler este blog me puder iluminar um bocadinho neste assunto em particular até ficava muito agradecido.
Houve quem me dissesse e com toda a razão que se conseguir fazer com que a moça deixe de pensar no quer que seja e esqueça todas as ideias preconcebidas de que os homens são todos uns sacanas, então que estou no caminho certo. Mas que porcaria de conselho, isso também eu sei, porque é o mesmo comigo, mas e como se faz isso? Aí é que está o busílis da questão, é aí que reside o santo Graal do enamoramento (que já me disseram que a palavra engate não é o mesmo e só se aplica a situações estilo one night stands) É exactamente isso que eu não consigo dominar. Há um adjectivo que me define bem quando estou com alguém que me interessa; “enconado”. Não sei o que fazer, forço conversas e piadólas e maior parte das vezes faço figura de um autêntico urso (o que vale é que já fui um em cima de palco e não estranho muito lol). Sabem quando se tenta ser natural... à força… pois… não corre nada bem, acreditem. Não sei interpretar sinais nenhuns da outra pessoa, nem para bem, nem para mal e das duas uma, ou sou uma melga e não descolo, ou sou gay porque não avanço. Lá vou eu sempre ficando a meio caminho de qualquer coisa, sem saber muito bem o que fazer. Que hei-de eu de fazer? Tirar um curso de D. Juan? Até tirava, mas onde é que isso existe? Ás vezes até fico a rezar que a outra pessoa perceba a minha falta de atitude e seja despachada e arrume logo com aquilo e seja ela a tomar as rédeas da situação. Mas nestas coisas é muito ingrato ser homem, porque isso é função nossa. E depois isto é como no reino animal os mais fortes, acasalam e transmitem os seus genes e os mais fracos ficam-se (eu sei que não foi o melhor exemplo, com o acasalar e tal, mas foi o que eu encontrei) Esta inaptidão natural deixa-me a perder, porque não desfazendo, até sou bom rapazinho e não sou assim tão escabroso, até já me disseram que eu era giro… uma vez… e foi a minha mãe… mas também conta… também é mulher, porra!
Qualquer dia vou àqueles encontros de solteiros onde todos se sentam naquelas mesinhas ridículas em que, de 4 em 4 minutos toca um sino e a malta vai para outra mesa. Só gente muito má é que se consegue envergonhar em apenas 4 minutos, eu aguento uns 30, pelo menos. Viva o solteirismo!! lol
Sabem o que irrita? É que quando estamos com alguém pensamos (não dizemos e até pensamos quando estamos sozinhos, não vá o diabo tece-las e haver para ali uma transmissão de pensamentos esquisita) que estar solteiro é que é fixe. Quando ficamos solteiros, lá andamos nós a precisar de alguém especial. Nós humanos somos mesmo animais esquisitos…
1 Comments:
É engraçado ver uma versão masculina daquilo que normalmente acontece comigo. Não sabia que homens também podiam sentir esta incapacidade de se adequarem a este tipo de situações (fazer com que alguém se enamore por nós). Pensei que os homens se colocavam na confortável posição de ficarem simplesmente à espera que elas cheguem e se mostrem interessadas. Como sou uma moça à antiga, igualmente atadinha, não me dou muito bem com este novo sistema que pensava aplicar-se a todos os homens solteiros, eu até ter lido o que escreveste. Afinal podemos ser solidários um com o outro. Quem sabe até trocar notas sobre "inimigo".
8:54 da tarde
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