Aqui está o meu cantinho dos desarranjos mentais. Lufadas de merda que me passam pela cabeça! Umas mais sérias que outras mas isso não interessa nada! São apenas mais uns textos na net. Enjoy!

terça-feira, abril 03, 2007

Uhhhh Sexo

Ontem ouvi uma miúda dizer que o sexo é sobrevalorizado. Comecei a pensar involuntariamente naquele assunto. Será que é mesmo? Será que devíamos dar mais importância a outras coisas e não tanto aos prazeres da carne? Sexo não deixa de ser uma das nossas acções mais primitivas e animalescas, que tem como fim, o prolongamento da espécie. Seria então apenas um normal desempenho de um órgão com um objectivo próprio, tal como um pulmão tem o objectivo de nos fazer respirar. Que maneira tão triste e cinzenta de ver o sexo. Há aqueles que têm a visão cor-de-rosa do sexo, momentos românticos de pura entrega que acontecem entre duas pessoas que se amam loucamente, enfim, uma exteriorização do amor. Malta que pensa assim vai ter muitos desgostos na vida. Vá, sejam francos convosco próprios, acham mesmo que só fazem sexo por amor? Que é assim uma coisa tão bonita como se vê nos filmes de Hollywood? Provavelmente se filmassem as vossas performances, os vossos home made vídeos não se iam parecer nada com filmes românticos, nem mesmo com filmes pornográficos, talvez mais com uma comédia, sim, porque percalços acontecem e ninguém (excepto nos filmes) faz as coisas para ficar bem na televisão ( E quem, da minha geração, não se perdeu a rir com os famosos filmes do Sr. Arq. Tomás). Não me levem a mal, não estou com isto a dizer que não o fazem com a pessoa que gostam, a questão é que muitas vezes o fazem não pelo sentimento, mas sim pelo prazer, e isso meus amigos não é amor, é luxúria. Temos que ser mais práticos a abordar a questão, e o pragmatismo é sempre o nosso melhor aliado em todas as situações. Sexo é bom, certo? Ora bem, então porque não faze-lo? Não estou aqui a incentivar que andem aí como coelhinhos com o cio.

Temos que ter cabecinha até porque hoje em dia tem que se ter muito cuidado. Por muito pragmático que seja, não consigo defender aqueles one night stands que acabam num banco de trás de um carro só porque dá prazer, mas aceito com toda a naturalidade dois amigos que um dia pensam, “olha, estás sozinha, eu também estou, porque não…” São duas pessoas que optam por faze-lo sem mais compromissos que o próprio acto em si. Os chamados Fuck friends acabam por encarar aquilo quase como ir para um café conversar. Divertem-se um com o outro e porque não? São pessoas livres e esclarecidas e não fazem as coisas pelo calor do momento ou pelo efeito intoxicante do excesso de álcool, fazem-no porque escolheram faze-lo, com o devido cuidado para não terem “surpresas”.
Não acho que o sexo seja sobrevalorizado, acho mesmo que tem o valor certo, pois a busca do sexo nos solteiros cria atitudes socializantes. Uma pessoa sai, tenta conhecer outras e isso também é importante e até dá algum sabor à vida. O grupo de tipos que vai para o engate com um punhado de amigos, podem até não conseguir conhecer nenhuma rapariga interessante com quem mais tarde poderão partilhar uma cama, mas é sempre uma noite divertida. Um dia, quem sabe, conhecem as pessoas com quem vão passar o resto das suas vidas, ou só partilhar uma paixão fugaz. Para os comprometidos o sexo é um aspecto tão fundamental como outras coisas numa relação, tal como respeito, confiança etc. Sexo entre duas pessoas que gostam uma da outra, faz com que se criem laços mais fortes, cria cumplicidade e traz um à vontade entre os dois a todos os níveis. As descobertas e experiências a nível sexual entre os dois fazem-nos mais unos, mais ligados. Sexo é algo de importante na nossa sociedade a todos os níveis, até podem achar estranho isto que vos estou a dizer, mas há economias sustentadas pelo sexo. Acham mesmo que as pessoas andam bonitas por elas próprias… Até pode ser numa pequena percentagem, mas tudo se resume a ser sexualmente desejável. E se assim não pensássemos o que seria das industrias dos cosméticos, da moda, das jóias, de muitas profissões que apenas existem para nos tornarmos mais desejáveis aos olhos dos outros. Será que aquela rapariga, que diz que o sexo é sobrevalorizado, quando sai à noite não se pinta e põe as melhores e as mais giras roupas que tem? Será que ela nunca fez uma dieta ou nunca se depilou? Será que ela nunca comprou revistas do estilo da cosmopolitan? Será que ela não gosta de sexo?
Agora a sério, ainda acham que o sexo é sobrevalorizado?

Ai Portugal, Portugal! Do que é que estás à espera...

Por vezes temos de falar de coisas sérias, o problema é que as coisas sérias são por norma muito pouco sérias. Se formos passar uma vista de olhos pelos jornais e revistas (sem ser periódicos tipo 24h e a Maria, em q as manchetes são sempre as ultimas do reality show do momento) podemos constatar que estamos sempre a ver tudo o que é bicho careta a criticar as medidas deste governo (a inveja é uma coisa tão feia) mas se lá estivessem provavelmente fariam o mesmo ou pior. Atenção que não estou aqui a defender as politicas do governo do Eng. Sócrates. A única constatação que posso fazer é que é tudo farinha do mesmo saco, só a cor é que muda um bocadinho.
O português é por norma um tipo pacato, que não se chateia com nada, desde que tenha o pratinho na mesa e que o clube de eleição ganhe, está sempre tudo certo, reclama sempre, mas está sempre tudo certo. Vamo-nos habituando à maneira como tudo isto funciona.
Portugal funciona com lobys, círculos de influência ou de conhecimentos. O importante é estar dentro desses grupos, porque ser contestatário ou tentar acabar com as suas trafulhices é meio caminho andado para se ser entalado ou pelo menos uma forma de perder tempo pois essas são demandas inglórias votadas ao fracasso.
Existe no nosso país uma promiscuidade entre o poder político e os interesses do sector privado e é tão evidentemente feito às claras que ninguém o pode negar. Quem não conhece o caso de alguém que constrói uma bela moradia no meio de um parque natural onde é impossível construir.
Há agora até o exemplo paradigmático da OTA, todos contestam e até há inúmeros estudos que apontam a OTA como uma péssima escolha para o futuro aeroporto. Então porquê a intransigência em ser a OTA, porque não outro sitio qualquer. Para mim só me cheira a interesses muito fortes, tanto pelos terrenos da OTA como pelos terrenos do Aeroporto da Portela, que belos Condomínios privados que se poderiam construir ali…
Também não se deve fazer um verdadeiro combate à corrupção, porque não convém. Sacrifica-se um ou outro exemplo (que provavelmente se portou mal e não beijou o anel ao padrinho), para aparecer nos jornais que existe um combate à corrupção. Não seria assim tão complicado fazer umas auditorias às contas dos Ministérios, Municípios, Institutos e Empresas Publicas, às contas bancárias e ao património dos seus responsáveis e lembrá-los que eles estão a trabalhar para nós e não para eles e para os seus. Deixar de existir a mais ridícula das coisas que é a imunidade. Fazer reais fiscalizações aos concursos públicos, descobrir se existem convergência de interesses para que as coisas se façam de certa maneira. Responsabilizar as empresas privadas por derrapagens orçamentais e pelos prazos não cumpridos em obras públicas.
Mas não há vontade que isto aconteça, pois apesar de todos se criticarem no hemiciclo da Assembleia, vão todos beber café juntos, distribuir cargos em Institutos e Empresas Publicas ou até mesmo Privadas para quando se fartarem de ser deputados continuarem com o seu novo tachinho e a sua reforma de 4000€ por 8 anos de trabalho a jogar à paciência e a ler a bola, isto quando sequer se dignam a aparecer na Assembleia.
Só posso então concluir que vivemos numa espécie de sociedade de máfia democraticamente eleita. E o que é preciso para isto mudar? Um Salazar, como muitos advogam? Uma nova revolução? Ontem ouvi um homem dizer que deviam pendurar os políticos pelo pescoço e deixá-los lá enforcados na Assembleia para mais ninguém se lembrar de andar a gozar com o povo… mas depois há outro problema… e quem muda o povo?

Uma ida ao Shopping

Fui ontem dar uma volta a um shopping muito conhecido desta nossa linda capital. Precisava de ir comprar uma lâmpada para o farol do meu carro e lá fui eu acompanhado pela Maria. Estou agora a escrever isto não porque fosse uma constatação nova que me relampejou a massa encefálica, mas sim, porque é o que acontece a todos nós (homens ou raríssimas mulheres que não gostam de ir às compras, mais ou menos 0,0000001% da população feminina portuguesa). Ir ao shopping é para mim um sofrimento, mal lá entro as minhas fontes começam a latejar e começo a suar das mãos denunciando as minhas crises de ansiedade disfarçadas pela minha aparente apatia. Confesso que vou lá umas quantas vezes, mas tento que sejam rápidas e qual operação militar top secret, estabeleço os objectivos e delineio o plano de acção. Entro – Estaciono – Como – Compro as velas – Pago o parque – Saio. Simples e eficaz, nem meia hora preciso de lá estar, graças aos encantos da comida que me vai causar o meu primeiro enfarte lá para os 40 anos, servidinha em 2 minutos e engolida noutros tantos.
Mas como vou acompanhado, não posso ser egoísta, lá vou eu entrar em lojas de roupa esmiuçadas até ao pormenor. Mango, Zara, Pull & Bear, H&M, Stradivarius, Benneton etc e etc. Lá encontro várias pessoas como eu, os “acompanhantes”. Entrem numa loja de roupa feminina e reparem bem nos rapazes que acompanham as raparigas e enquanto elas olham para todas as prateleiras e expositores reparem bem nos comportamentos deles. Confesso que faço exactamente o mesmo, porque não há grande hipótese. E ali estão os rapazes a seguir cada passo da mulher/namorada/amiga, de repente lá olham para a jeitosa que passa no corredor ao lado tentando ser subtil, mas sem sucesso (o que lhes vale é que as acompanhantes estão a fazer algo que vale bem mais que o amor incondicional do Brad Pitt e que se chama COMPRAS) e continuam sempre atrás delas sem se separar 1 metro que seja e a ter q responder à incomoda pergunta da moçoila que segura um bocado de trapo colorido “Gostas? Achas que me fica bem?” Sorriem e dizem que sim, sem fazer a mais pequena ideia se vai ficar bem ou mal, porque afinal aquilo é só um bocado de pano pendurado pelos braços bem esticados dela quase enfiados na nossa cara. Serei eu insensível por não gostar de andar às compras, ou de não saber se uma peça de roupa num cabide lhe vai ficar bem no rabo, ou de vir fumar um cigarrinho para o corredor enquanto ela vai para um provador? Na volta até devo ser… Não gosto de shoppings, feiras e outros locais de comércio com grande afluência, desculpem lá qualquer coisinha mas não gosto.

TV + noite + cama = sono , muito sono!


Ganhei o hábito, comum a muita gente, de ver televisão na caminha para adormecer entretido. Embora muita gente o faça com sucesso, considero que as minhas tentativas de adormecer com um qualquer programa na televisão é um autêntico fracasso. Isto porque eu não adormeço e não raras as vezes fico entretido de mais o que me tira o sono e fico mais desperto que uma coruja a olhar para a televisão. Eu tento sempre ver canais mais entediantes como o canal história ou outro do género. Mas quem é que consegue adormecer a ver um documentário sobre a batalha de Falkirk? Ninguém!!!! Fico ali especado com a maior atenção do mundo, e o documentário que vem a seguir tem de ser logo sobre a 2.ª Guerra Mundial! Bolas! Este, tenho mesmo que ver… O que é q acontece a seguir… sim já estão mesmo a adivinhar não estão? Fico ali até às 5h da matina com os olhos esbugalhados bem raiados de sangue a ver aquilo. No dia seguinte é que são elas. Acordo às 7h completamente grog e lá vou eu para o trabalho completamente corroído de sono. A dormir o dia todo, passo o tempo todo a fazer porcaria, não é que haja grande complexidade no meu trabalho mas é sempre chato quando dás barraca. É nestas alturas que tenho saudades dos meus tempos de secundário, não tinha responsabilidades nenhumas e tinha sempre umas faltas porreiras para dar e poder tirar umas manhas para dormir. Viva a televisão! Vivam as faltas! Viva o sono.