Aqui está o meu cantinho dos desarranjos mentais. Lufadas de merda que me passam pela cabeça! Umas mais sérias que outras mas isso não interessa nada! São apenas mais uns textos na net. Enjoy!

terça-feira, maio 29, 2007

Estante no WC

Se há uma coisa que gostava muito de ter na minha casa era uma estante na casa de banho. É verdade, este deve ser dos locais mais propícios a uma boa leitura, para mim pelos menos é com certeza. Desde livros a revistas, passando pelos mágicos folhetos promocionais de grandes superfícies e é aliás um bom local para abrir correspondencia. Tudo serve para desfolhar naqueles minutos só nossos, onde respiramos a suprema tranquilidade nauseabunda. Nunca experimentaram? Façam-no, que eu tenho quase a certeza que se tornarão fãs. Quem é que nos vem incomodar ali? Quem é que está disposto a sofrer com o perfume das nossas entranhas? Ninguém! Daí que aquele se torna um pequeno refugio, um santuário de calmaria. Eu confesso que às vezes, só saio de lá quando deixo de sentir as pernas devido à falta prolongada de fluxo sanguíneo, causado pelas pouco confortáveis sanitas. Ao sair, sinto-me leve e bem disposto, não só pelo que lá fui fazer, mas pelo facto de ter estado a apreciar aquele momento só meu.
Se formos ver bem até é uma forma de incentivo à leitura, colocar estantes nas casas de banho públicas de bibliotecas, museus, repartições públicas, sei lá de tantos outros sítios, assim matávamos 2 coelhos com uma cajadada só. Incentivávamos a leitura e mudávamos a visão da latrina pública suja e mal cheirosa, para uma visão de um local agradável para se passar meia horinha, como se fosse um passeio ao parque. “deixa lá ir ao wc, que preciso de acabar a Odisseia de Homéro, estou mortinho para saber o final” sentar e ter o prazer de ler mais umas páginas, juntamente com o de dar uma bela cagadela.

Significado da palavra "Trabalho"

Trabalho: Ocupação profissional por norma mal remunerada onde aprendemos a aturar gente parva, pateta, imbecil, incompetente, incapaz, mentecapta, ignorante, inapta, obtusa, néscia, irresponsável e burra que nem uma porta, por longos períodos de tempo, que nos causam stress, ansiedades, úlceras e depressões nervosas. Ocupação normalmente por conta de outrem, que é denominado de empregador, patrão, chefe, ditador, déspota, idiota, tirano, opressor, cabr..., filho da p…, que tem como principal função orientar a maneira como nos faz a vida negra, como nos culpa de tudo o que corre mal e recebe os louros do nosso trabalho, é também perito em colocar-nos a fazer figuras de parvos e em explorar os seus empregados.

in “dicionário comunista de português revolucionário”.

10 Maneiras infaliveis de acabar com uma conversa séria

Depois da minha intensa pesquisa e longa experiência neste assunto, vou partilhar convosco, caros leitores, as 10 formas mais eficazes de acabar com uma conversa séria ao estilo top ten decrescente:
10 – Passar o tempo a mandar sms e a responder “hum…ah… a sério… hum hum” sem nunca olhar para a pessoa.
9 – Imaginar uma música e trauteá-la enquanto abanas a cabeça ao ritmo da referida música (quanto mais mexida for a música mais resultados dará, e se começares a imitar o baterista da banda é tiro e queda)
8 – Estar a comer qualquer coisa e estar sempre a deixar cair bocados pela boca.
7 – Referir 15 em 15 segundos que estás com frio ou calor, conforme a estação do ano
6 – Olhar para transeuntes de diferente sexo (ou n, conforme a vossa orientação sexual) e dizer “txiiiiiiii, já viste aquilo”
5 – Dizer directamente e com a maneira mais inexpressiva possível “não me interessa minimamente o que estás a dizer”
4 – Dar uma desculpa do estilo “Estou atrasado para mudar uma lâmpada lá em casa”
3 – Tentar incessantemente coçar aquela parte das costas onde não chegamos com a mão, agitando o corpo e escorregando pela cadeira em esforço para tentar lá chegar.
2 – Fingir um ataque de epilepsia, com um mergulho para o chão aos berros, acompanhado de espasmos, revirar de olhos e baba a escorrer abundantemente pela boca.
1 – Dar um traque e dizer com um ar aliviado “ahhhhhh… caguei-me”

Nota: Todos estes métodos dão garantias do resultado pretendido, é de notar no entanto que, quanto mais perto do número 1, mais rápido será o efeito desejado, mas quanto mais rápido o efeito, mais efeitos colaterais terá. Esqueça estes métodos se deseja continuar uma forte e duradoura amizade com aquela pessoa, ou se estiver a tentar que ela se apaixone por si. Nestes dois casos oiça essa pessoa, porque de certeza que um dia é você a causar-lhe a sensação conhecida como “cala-te-já-não-te-consigo-ouvir-mais-por-favor-fala-me-do-tempo-ou-qualquer-coisa-ridiculamente-futil-que-não-me-exija-atenção-e-que-não-me-faça-pensar-porque-só-vim-aqui-para-beber-um-café-e-descontraír-e-não-para-levar-com-estas-conversas-e-juro-que-se-continuas-com-isto-vou-te-mandar-ir-plantar-postes-de-electricidade-à-Birmânia”, e se nessa situação essa pessoa o/a continuar a ouvir é porque é muito bom sinal.

Parvoeira!

Às vezes dou por mim a dizer um monte de asneiras e não é asneiras no sentido de dizer palavrões. Não, é mesmo o facto de ser parvo! Como é já habitual as pessoas puxam por mim e como eu gosto de manter o meu status de “tipo-parvo-que-só-diz-porcaria”, ontem no café foi mais um desses momentos em que porcaria verbal me jorrava em catadupa pela boca fora. Um exemplo: estava eu a deliciar-me com uma bela tarte de limão e perguntaram-me onde gostava de comer aquela tarte e eu disse logo, sem qualquer tipo de hesitação, “na barriga do calhau”, não pensando na porcaria que acabara de dizer. É verdade, não pensei nos estragos que um garfo poderia fazer a uma barriga, especialmente com a fome que estava, aquilo ia parecer uma mistura de tortura medieval com a Feira Gastronómica de Santarém (se é que conseguem imaginar tal coisa, mas lá está, é a parvoeira a vir ao de cima). Na mesma sequencia de conversa perguntei se gostava de levar palmadas no rabo, ao que o calhau me respondeu que não, e eu rematei com um, “é pena”, já tinha sido uma pergunta suficientemente estúpida, mas a minha reacção à resposta foi a cereja em cima do bolo (apesar de n gostar de cerejas cristalizadas e preferir um bom topping de chocolate ou mesmo de morango). Penso sinceramente que estando neste mau momento da minha vida me é legitimo ter estes ataques de diarreia mental, não quero contudo que isso afecte a reputação do meu outro lado sério, sim, apesar desta minha faceta estar desaparecida há mais tempo que D. Sebastião se perdeu no nevoeiro em Alcácer Quibir, (nem o rei tinha direito a uma montada c faróis de nevoeiro e GPS tomtom, não se faz!) ela existe, aqui nos confins do meu ser, mas está para cá.
Agora era a parte que ia começar a dizer qualquer coisa mais séria, do estilo sou um gajo porreiro, com juízo, muito centrado e bla bla bla, mas não me apetece, por isso, acabo já aqui este post, é que não me está mesmo a apetecer escrever mais nada.

quinta-feira, maio 24, 2007

A Teoria do Palavrão

Um palavrão no momento certo é sem dúvida útil e bastante terapêutico. Não acreditam?! A sério! Não estou apenas a desculpar-me por mandar umas quantas bujardas de vez em quando. Não se trata disso, mas é a mais pura das verdades e por muito que uma pessoa possa dizer que não o faz, é porque é uma mentirosa. Uma pessoa queima-se num tacho lá em casa e vai berrar “CÓ-CÓ” ou “ESCREMENTO” ou “PROCRIAÇÃO” ou até mesmo “PÉNIS”, muito menos vai berrar com certeza, “RELAÇÃO SEXUAL” que são duas palavras em que é preciso algum poder de articulação, que a dor que se está a sentir no momento não permitem. Eu grito com todos os pulmões palavras como “foda-se” “merda” e “caralho” umas boas vezes enquanto estou aos pulos pela cozinha, até me lembrar que há uma torneira ali ao lado para poder pôr a mão debaixo de água e aliviar a dor. O que queriam que eu fizesse? Dissesse “ai ai ai que me queimei”?
É como naquelas situações de frustração com um pouco de raiva à mistura. Por exemplo, vamos jogar à bola e o jogo está renhido, o que faz que de um jogo de amigos se torne rapidamente numa aguerrida competição. Um colega tem um lance infeliz e a outra equipa marca um golo, gritamos logo “Foda-se és uma merda, como é que deixaste a bola passar” ou algo do género. O que é que o palavrão faz aqui? Evita agressões físicas, porque o tipo merecia era um bom par de estalos por aquele golo que sofremos. Até podemos perder o jogo por causa daquele golo e depois estamos a ser gozados pela outra equipa uns bons 10 minutos enquanto pagamos o aluguer do campo. 10 minutos de humilhação, 10 minutos inteirinhos, até podiam ser 5 se o pessoal levasse dinheiro trocado, mas não, são 10. Há também a pura frustração, que normalmente acontece quando se vai ver as pautas das notas na universidade. Aí um ténue “foda-se”, acompanhado com um passar a mão pela cabeça é sempre habitual, quando se olha para a nota de apenas um dígito e dos mais baixinhos. Aqui, é terapia pura, em vez de andarmos a pensar porque é que tivemos aquela nota e em que é que falhamos, dizemos o palavrão e evita-se um monte de perguntas que não nos vão elucidar por aí além, vamos para o bar com a nossa frustração que se vai embora acompanha de um café e a companhia de uns quantos amigos.
O palavrão serve também para expressar com todo o seu esplendor e merecida magnitude um momento de extrema alegria. Um tipo passa à cadeira mais difícil do curso e não diz “Que bom, passei”, não, uma pessoa para conseguir mostrar o quanto aquela situação lhe causou uma incomensurável sensação de alegria e de conquista tem de gritar “PASSEI, CARALHO… PASSEI” e só assim o espírito daquele momento é correctamente verbalizado.
E assim que tenho que concluir que o palavrão além de útil para expressar determinados estados de espírito, é também benéfico para a saúde mental daquele que o profere e da própria ordem social por evitar agressões físicas com o lançar de uma simples palavra, que exactamente pela sua força e extrema importância é denominada com o superlativo de “palavra” ou seja “palavrão”.

David Mateus a Bombar!!!!

Amanha vai ser o concerto de DMB! Querias um bilhete, não querias?!?! Temos pena! Eu vou lá estar! Já agora, procura-se companhia para ir ver Pearl Jam e Smashing Pumpkins… alguém interessado? Mi liga vai!!!!

Queima de Évora!!! :)

Uiiiiiiiiii Uiiiiiiiiiii Sábado aqui vou eu para a queima das fitas de Évora, vai ser bonito vai! O meu fígado já está a sofrer por antecipação. Lá vamos nós, velha guarda das salas de estudo da lusíada, mostrar que ainda estamos em forma para uma farra à antiga. É este o espírito, a amizade que fica, de pessoas que se vão embora daquela faculdade que é também uma máquina de sonhos e aspirações. Velhos amigos que ali criaram fortes laços de amizade e vão agora para um raro momento de convívio que as diferentes vidas não permitem que se possa repetir com mais frequência. Vamos embora que o dia é de festa, é para esquecer tudo e apenas viver o momento com a maior intensidade possível.

quarta-feira, maio 23, 2007

FATAL - "O fim de Partida" Fac. Belas Artes

Ontem fui ao FATAL ver o grupo de teatro da Faculdade de Belas Artes com a peça “Fim de Partida”. Encontrar palavras para descrever aquele espectáculo é uma tarefa difícil, mas eu vou tentar. Péssimo é um adjectivo fraco demais para descrever tudo aquilo. Depois de 20 minutos (que pareceram 2 horas) em que espectadores escolhidos antes da peça começar (com 45m de atraso) vestidos com batas cirúrgicas verdes, aparecendo 1 a 1 em intervalos de 3 ou 4 minutos ficando especados em frente a um pano preto a olhar para nós, foi o primeiro mau prenuncio do que estaria para vir. A peça teve de tudo o que de mau pode haver em teatro, uma má dicção que tornou qualquer fala completamente imperceptível, um abuso estapafúrdio do nu (porque acho que nenhum médico anda nu com uma bata translúcida a mostrar as jóias de família), e o uso do publico em palco, sem qualquer interacção ou motivo aparente, um cenário relativamente interessante esteticamente mas completamente estático em que se acha piada duram os 2 minutos que o estamos a analisar. O uso da multimédia sem qualquer sentido que não deu nenhuma mais valia à peça e uma actuação do actor que apesar do ingrato monologo não deixou de ter uma interpretação fraca, o que poderia ainda ser a salvação de algo completamente incompreensível e disparatado. A melhor maneira de descrever esta peça é de pura e total tortura para qualquer espectador. A CIA devia ver isto e utilizar esta peça em Guantanamo, para torturar os pretensos terroristas que lá têm, não fosse os direitos humanos acharem completamente desumano sujeitar qualquer pessoa àquilo, mas aposto que seria eficaz. O público ansioso para o final onde até algumas pessoas saíram a meio, desesperava, comentava e ria, porque uma coisa tão má acaba por ser cómica pela magnitude do mau que foi. Se tiverem algum amigo que sofra do vicio de ir ao teatro (se é que isso possa ser considerado mau) e isso afecte a sua vida pessoal ou profissional, ou até mesmo a sua saúde mental, nesse caso e apenas nesse caso, vá com ele ver esta peça, pois de certeza absoluta ele não quererá ir mais ao teatro pelo menos nos próximos 10, 20 anos. Numa escala 0 a 20 eu dou a nota de -50!

terça-feira, maio 22, 2007

As Fitas e a Homenagem aos GTULianos!

Ali estava eu no meio de milhares de pessoas, a ver gente a sorrir, a abraçar-se e a chorar de uma saudade que ainda está para vir. Não sei muito bem o que senti, estava alegre, a fazer a festa como todos os que me rodeavam, mas ainda não pensei bem na reviravolta que a minha vida vai levar. Para mim foi mais um dia de festa como tantos outros que tive no seio da minha vida académica, não tive aquele aperto de que poderá ser a última, a derradeira celebração de 8 anos de vida que está prestes a terminar. Talvez esteja de sentidos meio adormecidos pelo que acabei de passar na minha vida pessoal, o meu torpor sentimental neste momento faz-me bem, não me permite ter experiências fortes e agora sinceramente também não as quero, mas provavelmente também me inibiu de sentir todo o significado daquele dia. Toda a simbologia da queima das fitas me passou ao lado e eu não queria que isso acontecesse. É verdade que neste momento praticamente todos os meus amigos da universidade, aquelas pessoas que me dizem muito, e que vejo quase como família, são as pessoas do teatro e essas não estavam lá. Talvez aí sim, sentiria o aperto de que possivelmente todos aqueles momentos que me fazem tão bem poderiam acabar, como se de um minuto para o outro tudo não passasse de uma memória distante.
É aqui que vos saúdo e agradeço, a vocês GTULianos e a outros que mais cedo partiram para enfrentar outras vidas. É aqui que fica a minha homenagem a todos os que tornaram especiais estes anos, que me puxaram para cima quando precisei apenas de uma boa gargalhada, que me deram as melhores memórias para guardar no baú das lembranças, das quais nunca irei esquecer. Sinto que estas parcas palavras são insignificantes para mostrar o quanto vos estou grato por me terem dado de forma completamente espontânea e desinteressada toneladas de felicidade. E como poderei eu agradecer tamanha dádiva? Se num mundo em que todos lutam para serem felizes, eu tive a sorte de ter pessoas que me proporcionaram estes momentos em que fui genuinamente feliz, sem que para isso tivesse que fazer fosse o que fosse, como poderia eu não estar puramente agradecido. Por isso, o meu MUITO OBRIGADO! Vocês são para mim como uma família e é por isso que não quero sair do GTUL, recuso-me a tal, porque por muito que pessoas possam ir e vir daquela sala desarrumada no ar liquido, o vosso marco estará sempre lá, como estará também em mim, que vos estarei eternamente grato por tudo o que, mesmo sem terem consciência disso, fizeram por mim.

A Vida é Bela

Ontem colmatei uma lacuna gravissima na minha cultura cinematográfica. Finalmente vi o filme “A vida é Bela” e como é que alguém consegue ficar indiferente perante aquela lição de vida. Talvez se conseguíssemos encarar todos os nossos pequenos problemas do quotidiano com aquela força de viver, com aquele sorriso e humor incomparável, como aquela deliciosa personagem conseguia, com aquelas adversidades, que espero, nunca de nós tenhamos de conhecer, poderíamos ser mais felizes. Nunca um título de um filme esteve tão adequado ao seu conteúdo. Gostava de ser assim… talvez seja apenas ficção e na vida real ninguém consiga alcançar aquele estado de “joi de vivre”, eu pelo menos não consigo. Agora pelo menos não. Pode ser que um dia lá chegue perto, talvez um dia…

Duplamente Abençoado

Dia 7 vai ser mais uma bênção das fitas. Ena, ena! Fitas duplamente abençoadas, isto é que vais ser! Especialmente com a dupla borga hehehe. Com duas bênçãos vou de certeza ter muito sucesso, pelo menos o dobro do sucesso e o dobro do ordenado… espero eu!

Companheiro Rafas

Companheiro Rafas, estas linhas são para ti! Às vezes a vida prega-nos umas partidas e do amigalhaço que me disse que só tinha medo de fantasmas porque não lhes podia bater, apanhar uma merda de uma doença que o atira ao tapete, irrita-me, porque nem faz o género dele, ir-se abaixo por uma porcaria que nem se vê, ainda por cima mais pequeno que ele. Mas sei que o guerreiro Rafas vai mandar à merda esse bicho chato e vai voltar em grande com a alegria que todos lhe conhecem. Um grande abraço e as melhoras rapaz, qualquer dia estamos por aí os dois em grande a aparvalhar

Talvez...

Estou chateado… estou num dia mau, o Vasco tem sempre uma boa explicação para isto “É o alinhamento lunar”, pode até ser, porque não encontro outro motivo. Talvez porque está a chover?! Talvez por ter dormido mal?!? Talvez porque me está a faltar qualquer coisa que não sei bem o que é?!?! Talvez até seja por isto tudo junto?! Não sei muito bem, mas estou de mau humor! Façam-me rir, façam-me qualquer coisa para me sentir mais bem disposto! Que merda de mudanças de humor! Não me chateiem! Deixem-me em paz! Quero resmungar com tudo e todos! Tragam-me um café, um cigarro e um bocado de paz de espírito sff. Obrigado. Agora façam-me sorrir!

segunda-feira, maio 14, 2007

O Fim

A palavra fim é sempre uma palavra que encerra muitas emoções, boas ou más, dependendo das situações. Quando algo se finaliza nunca ficamos indiferentes e normalmente as experiências que terminam fazem com que nos modifiquemos na nossa maneira de ver muitas coisas. Desta vez o fim trouxe-me tristeza, tempos de vida cheios de planos e sonhos que acabaram. Tudo se esfumou e agora apenas há um vazio. O fim por muito que possa magoar, por vezes é a melhor solução, apesar de custar, e custa muito, não pelo que foi, mas pelo que poderia ainda ser. Mas o fim é também um começo, um começo de algo que não sabemos muito bem o que será, um começo de qualquer coisa de diferente. É assim que temos que encarar as coisas, erguer a cabeça e encarar esta caminhada com a esperança de que se assim foi, é porque foi pelo melhor, e acreditar que lá mais para a frente algo melhor nos estará reservado. O que não podemos é olhar para trás enquanto caminhamos em frente, deixamos de ver o que está debaixo dos nossos olhos e corremos o risco de esbarrar nuns quantos postes. Podemos sempre recordar um passado, mas não viver na ilusão que ele virá até nós como era, exactamente como era, pois isso nunca irá acontecer por muito que nos tentemos enganar a nós próprios. O fim torna o que foi em recordações nada mais que uma lembrança que pode por vezes nos tomar de assalto o espírito, e nessas alturas temos que nos lembrar de tudo o que de bom vivemos, sorrir e voltar a guardar estes fragmentos do passado no baú das recordações e deixarmo-nos viver, olhar em frente erguer a cabeça e entregarmo-nos aos caprichos imprevisíveis do futuro.

quinta-feira, maio 10, 2007

Esta Lufada deu-me forte!

Uma noite destas andava eu a passear pelos glaciares da patagónia quando encontrei uma sandes de queijo com o síndrome de torrette dizia asneiras que se fartava. Ela contava no dia em que o filho da p… do rinoceronte não a deixou pregar olho, pois o cabr… tinha passado a merd… da noite toda a miar. Miau pr’aqui, Miau pr’ali, p… que pariu mais ao rinoceronte, dizia a sandes de queijo. Incomodado, com aquilo pensei em acabar com a conversa, escavar um túnel ao piparote e ir chatear o calendário dançarino que passava a vida a fazer sexo oral a um candeeiro de pé alto que se encontrava na esquina do caixão do agrafador. Chegando lá não o encontrei e decepcionado acabei por partilhar essa decepção a um alfinete cabeludo que andava por lá de robe azul. Ele não me ligou nenhuma pois ia encontrar-se com a Pamela Anderson no jacuzzi. Perguntei todo animado se podia ir, ao que o sacana respondeu “Não, porque a farinha tem levedura, a avó deu um peido no bloco do motor da doninha e o estirador não tinha gostado da brincadeira” Refutei “Mas o aspirador disse que o réco-réco estrábico tinha imigrado para as Honduras para fazer sky subaquático nos Alpes da sardanha” Aí ele destronou-me com o argumento “É que os pirilampos gaguejam, e nunca uma aspirina voou por terras nunca antes navegadas em situações de panelas amolgadas pela força da cereja vibradora que agora tinha a mania de passar o dia a fumar amêijoas enjoadas.”
Então percebi, fod…-se tenho que deixar as drogas!!!

Gaja Boa

Ontem naquelas conversas sobre tudo e sobre nada, houve um tema que veio à baila nem sei muito bem porquê: o que era uma “gaja boa”! Uma conversa deveras educativa que tive com uma boa amiga (será boa amiga ou amiga boa?!?! se a conhecerem depois poderão dizer o que acham) poderá parecer estranho falar disto com uma rapariga, mas de qualquer modo achei que lhe poderia dar a conhecer um pouco do mundo masculino e da sua maneira de pensar. É obvio que há um conceito de beleza feminina mais ou menos estereotipado, não digo que não, mas não é certamente esse conceito que torna uma mulher “boa”. O estereótipo de gaja boa serve apenas como linha mais ou menos orientadora onde muita mulher se encaixa, mas a maior parte desse grupo de mulheres não são mulheres “boas”. São miúdas giras no máximo. Muitas dessas raparigas são comparáveis à feira popular, até éramos capazes de lá ir divertirmo-nos de vez em quando, mas mais que isso não. Muitas dessas mulheres são aquelas que aparecem em capas de revistas masculinas ou até mesmo femininas (sim que apesar do conteúdo não prestar para nada, qualquer homem consegue desfolhar uma revista feminina para ver bons espécimes dessas mulheres de beleza estereotipada, já as mulheres não se safam nas revistas masculinas… coitadinhas, temos pena!) Depois desta exclusão o que é que resta para classificarmos como mulher boa? Pois bem, a mulher “boa” não tem estereotipo e é para cada homem um conceito diferente (às vezes não muito, o sacana do monkey sempre que vamos a algum lado e estamos na classificação do gaijedo que nos rodeia, tipo dança comigo com as plaquinhas de 0 a 10, acabamos por eleger quase sempre a mesma como mais gira) Eis em termos muito práticos a diferença entre gira e boa. Gira é aquela que passa e um homem olha durante dois segundos (ou um bocadinho mais se tiver a tentar ver um determinado ângulo ou algum pormenor que lhe escapa à primeira) se for homem das obras berra qualquer coisa do género “bonitas pernas a que horas é que abrem?”, outro qualquer comenta com o amigo as 52773 maneiras como lhe dava uma voltinha, ainda há os “acompanhados” que não têm outro remédio que olhar e calar. Boa é aquela mulher que entra por uma porta, nós olhamos e ficamos a olhar até ela sair do campo de visão meios boquiabertos sem pestanejar uma só vez, guardamos um bocadinho em silêncio o nosso achado e depois partilhamos com os nossos amigos (depois de ela já não se encontrar nas proximidades que não queremos que o bando de rebarbados olhe para ela) e já não é a dizer o que lhe fazíamos, mas são utilizados frequentemente adjectivos como “linda” ou “espectacular”, aí sim trata-se de uma mulher “boa” em toda a magnitude da expressão. Estas mulheres não precisam de ser dignas da capa da FHM, têm simplesmente qualquer coisa que nos liga um interruptor qualquer cá dentro e nos deixa meio embasbacados, seja o que for, normalmente nem sabemos explicar bem o quê (não levem a coisa do interruptor para a badalhoquice sff.). As giras, é fácil saber porque olhamos, basta um decote, um corpinho danone ou uma carinha laróca, é o suficiente. São exactamente essas mulheres “boas” que nós não conseguimos engatar à toa, porque vai saltar um bando de sons balbuciantes das nossas bocas e aquelas saídas tristes. As giras sim, sem medos faz-se uma palhaçada qualquer e seja o que deus quiser, se n der aquela, há sempre mais umas giras ali ao pé do bar. Estas “boas” tem que se arranjar formas subtis de as conhecer, através de uma amiga por exemplo, e conseguir ganhar algum à vontade para falar com elas, algum tempo depois pergunta-se, como não se quer a coisa, se quer ir beber um café desinteressado e inocente e depois disso está nas mãos do Cupido e dos exigentes parâmetros de escolha da moçoila.
Já sei que as meninas que poderão estar a ler este blog (não devem ser muitas, que também ninguém vem ler isto) devem estar a pensar “que rebarbados, sempre a olhar para as miúdas na rua”, e quanto a este tipo de observações tenho a dizer que a culpa não é nossa, é qualquer coisa que vem nos genes. Tal como há coisas que vêm nos genes das mulheres, como por exemplo, o facto de serem umas cabras umas para as outras, é típico e não conseguem evitar, é uma questão de formatação. E confessem, até vos sobe o ego. Claro que já ouvi mulheres a dizer, “ontem estava um velho nojento a olhar para mim”, e é normal, um velho não deixa de ser um homem, mas se fosse um tipo novo, do género Brad Pitt look a like, iam logo contar às amigas todas excitadas do gajo giro que olhou para vocês. Ahhh e já me esquecia, vocês fazem o mesmo, nós só não temos o dom de sermos discretos. Tenho dito. Dixi et animus levavi (1 mês de peça é o que dá, não consegui evitar pôr este fim em latim e confesso que não faço puto de ideia do que quer dizer, se alguém quiser traduzir, sinta-se inteiramente à vontade de o fazer)